17 de abril de 2010

O Verão.

Agora levanta.
deitada
não
escrevo.
deita não
que é narrativa
é preconceito
é cabelo disforme
descanso
suado
aí sim moreno
porque noite.
me exalou.
vi pupilas
lubrificarem
verso
bronzeado...
quanto
verão eu senti,
da boca ao
pescoço.
Dá vergonha.
aos pés
estacionados
ao lirismo
daquele conforto
sequer
cumprimentado.
E o verão que fique
a cor
até me cai bem.
o resto não
é
poesia.

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