26 de junho de 2010

Transporte Coletivo

Mulher e

tanto que não havia carnaval.
Sentada
com suas ancas
amparadas
por um
todo-dia sem novelas
despiu seu
tudo que é conceito e saiu.
Não voltaria.
Simpática até os cabelos.
secarem.
E depois ao diabo
longe de sua mãe tão-religião.
Acreditava-se indisposta
a casamento
esse amor num dedo
que os dias passam
a

toda comida

(lavava louça com âmago encardido).
Menina e
tanto que arrumava os cabelos
fazia promessas e
terminava em refrigerante.
Coisas da religião.
pecava como
qualquer frade e se encontrou
na cadeira vazia da lanchonete.
(Cachorros não amam, pensou).
Cachorro
tanto que nem comeu. Sentiu
suas coxas ainda suadas
e pôs mão no pensamento
como se
as pernas quentes e satisfeitas
pensassem e repensassem esse sexo
todo natural que nem lembrança
pode deixar?
Tão sexo e tão casamento
arre natureza que a contém.

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